quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A volta dos que não foram.

Voltei! Voltei a (tentar) ser blogueira. Voltei a escrever, a exteriorizar os bons e os maus pensamentos. É, voltei! Voltei a fazer das palavras, minhas amigas; dos meus sofrimentos, minha inspiração; do resultado final, meu ponto de partida.

Voltei! Voltei depois de anos sem sentar para escrever um sentimento meu sobre mim mesma. Voltei a dedicar-me àquilo que sempre foi e sempre será, agora eu sei, minha maior fonte de autoestima, autoapreciação.

Pois bem...

Em mais um dia difícil como outro qualquer, fui surpreendida com uma notícia um tanto quanto conturbadora. Notícia: com apenas três meses de término de um relacionamento de um ano, o “meu” lugar já está sendo ocupado por outrem.

- Antes, quero esclarecer que não sofro pelo fato de eu estar sozinha e ele já com outra, mas sim pela situação de ter sido provado o quão substituível nós somos. –

 Sim, nós somos substituíveis! Te incluo também, leitor, nessa terrível característica de ser um indivíduo absolutamente trocável.

 Talvez, muito talvez, o que mude entre um e outro seja somente, e tão somente, o grau de dificuldade nesse processo; isto é, o quanto alguém consegue mais rápido ou mais vagarosamente seguir em frente. Há quem diga que aqueles que completam essa trajetória com mais facilidade, são os mais maduros, mais complexos de uma certa energia vital de conquistar aquilo que, em outra oportunidade, não conseguiu. Eu discordo! Discordo, discordo, discordo!

Discordo por não entender como pode alguém fazer do outro uma ponte de uma fase para outra da vida. Ainda que seja e digam ser algo involuntário, não há como! Todos (sim, me incluo e te incluo novamente) simplesmente viram as costas e deixam ali para trás, sem a menor preocupação, o que outrora foi fonte de algum sentimento motivador. Embora haja a chance de que essa motivação tenha sido de terminar algo que nos estava fazendo mal, quem somos nós para fazer isso?! Quem somos nós para simplesmente passar a ignorar a existência alheia?!

Pensando nisso cheguei a uma conclusão que de hoje em diante será meu primeiro pensamento ao fechar um ciclo: Sinto-me bem ao ser abandonada?! Sinto-me confortável ao sentir as cócegas das lágrimas no rosto pelo fato de ter sido deixada sem alicerces para prosseguir?!

Eu sei, eu sei, é algo básico de risório de tão simples. Encaixa-se no ditado “não faças àquele o que não queres para ti”. E indico: procurem segui-lo, não há nada mais doloroso que o retorno que o mundo dá pelos seus atos. O mundo dá voltas, e nós que o fazemos girar.



P.S.: Considerem minha situação do dia antes de concordarem ou não comigo.